sábado, 12 de setembro de 2009

O surgimento da Contabilidade de Custos

Consiste em estudar o surgimento da Contabilidade de Custo, os diversos tipos de custos e suas respectivas terminologias, juntamente com sua grande importância que exerce em um período quando se trabalha com a escassez de recursos e precisa-se chegar a resultados favoráveis para a saúde e sobrevivência das Empresas.

Surgimento

A humanidade passou por diversas transformações ao longo dos tempos, seja no que diz respeito ao relacionamento com o próximo ou no modo como guardava e registrava seus bens.
A Contabilidade de Custo surgiu pela necessidade de avaliar estoques nas indústrias, por volta do século XVIII, quando acontecera a Revolução Industrial e teve como base a Contabilidade Financeira ou Contabilidade Geral, que foi sendo desenvolvida na Era Mercantilista para servir de grande base estrutural para as empresas comerciais.
Segundo Martins (2003, p. 19), “para a apuração do resultado de cada período, bem como o levantamento do Balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples”.
O Contador verificava o montante pago por item estocado e dessa maneira custeava as mercadorias, fazendo o cálculo basicamente por diferença, computando o quanto possuía de estoques iniciais, adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava, apurava o valor de aquisição das mercadorias vendidas, na clássica disposição:

Custo das mercadorias vendidas
Estoques Iniciais
(+) Compras
(-) Estoques Finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas

O lucro bruto nada mais era que o montante resultante do cálculo demonstrado confrontando com as Receitas Líquidas e a subtração das despesas que eram necessárias à manutenção da entidade durante o período, juntamente com as Vendas dos Bens e o financiamento de suas atividades.
Com esses processos um pouco mais complexos do que anteriormente se conhecia, pode-se dizer que a Demonstração de Resultado de uma Empresa nascia a partir destes fatos.
Quadro 03. Demonstração do resultado

Demonstração de Resultados
Vendas Líquidas
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
Estoques Iniciais
(+) Compras
(-) Estoques Finais
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
Comerciais (vendas)
Administrativas
Financeiras
Resultado Antes do I.R

As produções dos bens eram geralmente feitas por pessoas físicas comuns, que não constituíam empresa Jurídica. A maioria delas viviam do comércio e não da produção ou fabricação de bens, sendo assim mais fácil de conhecer e identificar o valor de compra dos bens, podendo simplesmente a consulta dos documentos de aquisição.
O contador, a partir desde momento, passa a ser uma peça fundamental em uma empresa, pois o surgimento das indústrias exigiu que este tivesse que elaborar o Balanço Patrimonial e as Demonstrações de Resultado do Exercício com uma outra visão, sendo que o valor de compras nas empresas comerciais estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados.

Nada mais razoável, para solução desse problema, do que vermos o Contador tentando adaptar à empresa industrial os mesmos critérios utilizados na comercial. Nesta, no balanço final, permaneciam como estoques no Ativo apenas os valores sacrificados pela compra dos bens. Nenhum outro valor relativo a juros e outros encargos financeiros, a honorários dos proprietários e administradores, a salários e comissões de vendedores e outros, era ativado. Todos estes gastos automaticamente apropriados como despesas do período, independentemente da venda ou não de mercadorias.

Começou-se então a adaptação, dentro do mesmo raciocínio, com a formação dos critérios de avaliação de estoques no caso industrial.

Tipos de Custos.

São variadas as definições de custo, mas todas englobam no seu contexto a essência da palavra na sua interpretação.
Pode-se observar que a quantidade de tipos de custos é muito extensa, passando de setenta e cinco termos.
Existem diversos tipos de custos e despesas no mundo da Contabilidade, faz-se necessário a definição de alguns mais usados, para que se possa adquirir o entendimento necessário para a interpretação de fatos rotineiros.
Custo Fixo – É aquele de natureza constante, que não mantém proporcionalidade para a produção, ou seja, independe do aumento da mesma.

Custo Variável – É o custo que varia do total proporcionalmente às mudanças no nível de atividade.

Custo de Reposição – Valor pago por um bem que irá substituir um outro que saiu, por venda, consumo ou obsolescência.

Custo de Vida – Montante dos gastos realizados pelos membros da sociedade, relativo à alimentação, vestuário, moradia, transporte e outros.

Custo Direto – É aquele que consiste nas aplicações diretas à produção, como a clássica dupla: Matéria prima e mão de obra.

usto Indireto – É aquele que representa as despesas que se incorporam indiretamente à produção, por meio de rateios percentuais, baseados nos centros de carga.

Custo Global – O mesmo que custo final ou custo geral.
Custo Industrial – É aquele que representa os gastos diretos e despesas indiretas da produção.

Custo Marginal – Representa a carga que se faz à produção, visando o aumento quantitativo da mesma, com conseqüente diminuição de custo, da unidade produzida.

Custo Médio – Sistema prático na determinação dos custos nas empresas de produção contínua e homogênea.

Custo Unitário – Representa as despesas e gastos integrantes de uma unidade de produção.